Saturday, August 27, 2011

Nossa gasolina(E-25) e o E-15 Americano

Gasolina – A realidade do E-25



Ja fazem duas décadas de briga por uma gasolina náutica de qualidade ,o que temos visto é que os orgãos do governo bem como entidades de classe ,parece que jogaram a toalha ,nunca mais se ouviu falar e o que aparece esporadicamente é um ou outro produto que anuncia a manutenção da qualidade ao longo do tempo,enquanto isso compete aos fabricantes melhorarem o seu produto minimizando os riscos decorrentes da mistura de vinte e cinco por cento de etanol em nossa gasolina,é um fato inquestionável que toda gasolina em uso no mundo tenha ou terá um tipo de alcool em sua composição variando de dez a cem por cento em nosso caso brasileiro ,que vendemos etanol puro ao contrario dos americanos que o vendem com adição de quinze por cento de gasolina ,porem nosso foco é o uso marítimo deste combustível. A EPA americana está tentando elevar em cinquenta por cento o teor de etanol na gasolina ,mas antes de o faze-lo consultou os fabricantes e perguntou qual seria a opinião deles ,um dos que opinaram foi o Sr. Jeff Wasill responsavel por controle de emissões dos motores da Bombardier Recreational Products , e seu testemunho ( http://www.tradeonlytoday.com/images/stories/web/breaking_news/testimony0707.pdf ) é uma importante contribuição para entendermos o que se passa no interior de nossos motores e qual a melhor forma de minizarmos seus danos.

Logo na primeira página indica claramente ser um erro a elevação de dez para quinze por cento de etanol .não só para motores marítimos como para motores pequenos como motoserras,cortadores de grama ,etc devido ao fato de não terem como analizar a relação entre ar e combustivel,acrescenta ainda que adicionar etanol a mais na mistura eleva a quantidade de oxigenio o que leva ao empobrecimento da mistura consequentemente a um aumento da temperatura ,comprometendo a vida útil dos motores sem falar do aumento da poluição causada pelos oxidos nitrosos,aparentemente uma contradição não?Isto sem falar na questão higroscópica (absorção de água)que tanto afeta nossos motores que tem uso esporadico,ocasional e vivem e respiram perto da água ainda exemplifica indicando que os testes relacionados ao combustivel E-15 tiveram resultados catastróficos para todos os motores testados ,principalmente no quesitos de performance e dificuldade de pegar ,nas palavras dele ,são elementos inaceitáveis quando estamos no mar ,em adição a seu testemunho ele advoga o uso do butanol ,mas isto é assunto para outro debate,o que é importante é o controle da mistura ar/combustível que é primordial para a durabilidade e confiabilidade de nossos motores ,se o aumento de dez para quinze por cento provoca esta reação como ficamos se no nosso caso específico é de vinte e cinco por cento no mínimo? E isto sem entrar no ambito legal ,pois as matérias sobre gasolina adulterada fazem parte do quotidiano da imprensa ,então podemos depreender que quanto melhor for a qualidade da injeção e de seus parametros ,mais facil será lidar com os problemas relacionados a mistura etanol/gasolina e neste caso os motores de injeção direta superam os de injeção eletronica ,no outro quesito de aumento de temperatura vemos que as ligas de aluminio mais modernas e resistentes ao calor ,em muito contribuem para o aumento da longevidade dos motores e mesmo assim ainda há fabricantes de motores com carburador ou injeção eletronica ,elevado número de válvulas e outros componentes que sabidamente reduzem a vida útil e a qualidade de nossa nautica .


Abraços

1 comment:

  1. Os manuais dos motores Volvo Penta falam explicitamente que não deve ser usada gasolina com percentual maior do que 10% de etanol (ver p.ex. manual ref. 47700836 01-2010,m pg. 165). No entanto, os motores são vendidos no Brasil, cuja gasolina tem 25% de etanol. Isto, é óbvio, causa danos ao motor. Tive problemas recentemente com uma bomba de combustível que pifou após apenas 50 hs de uso (motor Volvo 4.3 GxiE-M. A Volvo, assim como sua autorizadas, fingem não saber do problema. Está na hora de alguém processar a Volvo por vender motores não adaptados à realidade brasileira.

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